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O poder de cura das constelações familiares

Ferramenta terapêutica é usada por juízes na vara da família e tratamento de detentos


Na última quinta-feira, 19 de setembro, Bert Hellinger, criador das constelações familiares, faleceu. Todas as homenagens feitas ao psicoterapeuta alemão ressaltaram a importância de sua obra e o legado inestimável deixado à humanidade: o poder de cura proporcionado pelas constelações familiares.


Para se ter uma ideia do alcance dessa ferramenta terapêutica, até o ano passado, o Poder Judiciário utilizava as técnicas da constelação em 16 estados brasileiros, principalmente, como meio de resolução de conflitos. O juiz Sami Storch, do Tribunal de Justiça da Bahia, da 2ª Vara de Família, Órfãos, Sucessões e Interditos da Comarca de Itabuna, foi o primeiro no país a utilizar a técnica com resultados excelentes: mais acordos, menos processos.


Em entrevista ao site do Conselho Nacional de Justiça, o juiz Yulli Roter, da Vara da Família e Sucessões da Comarca de União de Palmares, em Alagoas, afirma que ao empregar a constelação familiar, o Judiciário oferece “uma Justiça que preza pelo humanismo”. Em suas audiências, busca fazer perguntas para provocar “movimentos sistêmicos”, isto é, questiona as partes em conflito sobre “o sentido daquele processo em sua vida e se aquele conflito não é uma repetição do que ocorreu com seus pais”. Das 31 audiências com familiares realizadas por Roter no primeiro trimestre de 2017, em apenas uma delas não conseguiu conciliação.


No Ceará, a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Fortaleza criou o programa Olhares e Fazeres Sistêmicos no Judiciário voltado para réus primários jovens. O objetivo é levar alento e entendimento às pessoas que infringiram a lei e que precisam cumprir sua pena. Uma das juízas responsáveis pelo projeto, Maria das Graças Quental observou que centenas dos jovens envolvidos em infrações pela primeira vez tinham em sua estrutura familiar fatos marcantes que os levavam a delinquir, repetindo os desajustes de seus sistemas.


Em Santa Catarina, a Vara da Família do Norte da Ilha de Florianópolis recorre à constelação para tratar presos usuários de drogas e com conflitos familiares.


Além disso, em 2018, o Ministério da Saúde reconheceu a constelação familiar como prática integrativa e complementar para o tratamento da saúde. Ainda de acordo com o Ministério, desde o ano passado, 367 cidades paulistas contam com práticas alternativas à medicina tradicional de forma gratuita pelo SUS, incluindo a constelação.


Claro está a importância da constelação como meio de cura e de tratamento pessoal e para todo o sistema familiar.


Se você quiser se aprofundar no assunto, temos o grupo de estudos e práticas terapêuticas de Consciência Sistêmica, cujos encontros ocorrem às quartas, das 19h30 às 21h30, e os Workshops de Constelações Familiares, realizados mensalmente, aos sábados, das 13h às 20h30.


Venha conhecer e participar. Uma vida mais feliz e saudável está à sua espera!