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Desapegar é preciso

Mais que coisas, devemos abrir mão dos hábitos nocivos


Janeiro é o mês do novo, do recomeço e das promessas. Viramos o ano cheios de esperanças e de boas perspectivas sobre nós mesmos, alimentados pelo desejo de mudar hábitos que consideramos nocivos ou de ampliar as nossas conquistas.


Fazer listas, tomar decisões, focar naquilo que se quer alcançar são comportamentos essenciais para fazer dar certo, e isso incluir desapegar.


O desapego, como a gratidão, é uma medida difícil de ser interiorizada. Esta última porque requer aceitação amorosa de circunstâncias adversas aos nossos desejos e o desapego porque, em última instância, queremos reter o que nos faz felizes, queremos reviver essas experiências de êxtase, embora tudo o que envolva a nossa existência esteja em estado permanente de passagem e fluxo. Nada é eterno, exceto o amor – o sentimento e não as pessoas a quem tornamos objeto de amor.


Dessa forma, cumprir metas e iniciar um ano verdadeiramente renovado pode exigir de nós desapego de velhos hábitos, a coisas que não nos têm mais serventia, a ideias ultrapassadas que rejeitam questionamento ou interação com o novo.


Se queremos fazer uma dieta ou buscar um trabalho melhor, por exemplo, é preciso liberar do nosso pensamento as condições que nos fizeram estar em um corpo que não nos agrada ou exercendo uma função sem propósito.


À primeira vista, parece simples mudar, contudo, se não mantivermos vigilância constante sobre as nossas escolhas, logo, vamos nos flagrar repetindo os comportamentos antigos.


Para isso, aliás, existe uma explicação científica. O estudo do sistema neuronal humano mostra que as conexões estabelecidas entre os neurônios são reforçadas à medida que repetidas.


Essas conexões do pensamento resultam nas ações do dia a dia, nas escolhas que fazemos, como comer doce em excesso toda vez que nos sentimos tristes ou brigar com a família devido a um transtorno no emprego.


Portanto, se queremos mesmo mudar um hábito ou obter novos resultados em nossa vida, precisamos nos reeducar, ensinando-nos a agir de modos diferentes. Assim, desapegamos de velhos padrões e inserimos outros, novos e mais saudáveis.