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Formas de ver o mundo

Sua visão é adulta ou infantil?


Você vê os seus pais da mesma forma quando era bebê? Ou criança ou adolescente? Essa mudança de percepção da realidade acontece porque, com o tempo, adquirimos consciência de nós mesmos, dos outros e da vida à nossa volta, uma vez que aprendemos a nos relacionar e a interagir com outras pessoas e outros espaços diferentes do familiar.


Ao nascer, um bebê recebe tudo o que necessita de sua mãe: comida, afeto, higiene. Todas as suas necessidades são preenchidas por essa mulher com quem ele está em simbiose e não se vê dissociado dela.


Com o passar do tempo e com o amadurecimento de suas funções cerebrais e afetivas, essa criança começa a enxergar a presença de pessoas diferentes, começa a se individualizar, a perceber o espaço à sua volta, os outros membros da família, amigos dos pais.


Devagar, vai entendendo que, ao passo que cresce, vai prescindindo de sua mãe e tornando-se capaz de preencher sozinho as suas próprias necessidades, as quais se iniciam com a alimentação, a troca de roupa até a escolha de sua carreira à formação de sua própria família.


Mas há adultos que ainda vivem com a necessidade de que alguém os preencha. São aquelas pessoas muito carentes e que se sentem sempre abandonadas, sempre insatisfeitas com o que têm, sempre cobrando do outro algo que não fez ou poderia ter feito melhor.


São adultos que ainda enxergam parte significativa de sua realidade da perspectiva emocional do bebê. Essa visão, levada por uma falta que a criança interna sente, destrói os relacionamentos afetivos, profissionais e as amizades ou leva a dinâmicas muito doentias de manipulação e domínio, as quais se tornam bastante perigosas.


É preciso olhar para dentro de si, compreender que essa forma de ver e estar no mundo não é compatível com a idade adulta, tomar a responsabilidade por si mesmo e se transformar.