A Constelação Sistêmica Familiar é uma prática terapêutica utilizada para tratar doenças físicas, problemas emocionais, como fobias, depressão e vícios, e questões pessoais, que vão desde relacionamentos amorosos ou familiares conflituosos até desarmonia no trabalho ou a falta de dinheiro. Esta técnica foi desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger na década de 1980 e está presente no Brasil desde os anos de 1990.
Em sua teoria, Hellinger observou a repetição de padrões de comportamento ao longo de gerações, os quais interferem no fluir saudável da vida e geram desajustes, doenças, mortes e separações.
De modo prático, a constelação acontece a partir do momento em que o cliente apresenta o tema que deseja ser trabalhado e o terapeuta solicita informações sobre o seu sistema familiar, como suas relações parentais, mortes e doenças. Com base nessas informações, o cliente escolhe, entre os membros do grupo, aqueles que irão representar sua família (doença, profissão, seu negócio ou relacionamento) e a si mesmo. Guiados pelo terapeuta, os representantes conseguem sentir as emoções daquele sistema e verbalizar os sentimentos em desequilíbrio, muitos dos quais nem mesmo o próprio constelado tinha conhecimento. Sempre que possível, o terapeuta conduz todos os membros a uma imagem de solução daquele emaranhado, à harmonização daquele ponto de desajuste.
Contudo, é preciso que o cliente esteja disposto a enxergar, a se responsabilizar e a se transformar a partir das novas informações disponibilizadas para ele durante a constelação. E, neste ponto, cabe ressaltar que esta prática terapêutica não faz e não permite que se faça qualquer julgamento ou crítica sobre as experiências vividas em uma família, pois compreende e respeita cada uma das escolhas feitas, já que todas foram realizadas por amor, ainda que um amor doentio ou não saudável.
Após a constelação
A nova perspectiva oferecida pela constelação cria um movimento muito profundo na alma,
sendo este o catalisador dos impulsos para uma vida melhor e mais saudável. A elaboração de
tudo o que foi vivenciado e visto pode durar anos no inconsciente do constelado e de todos
aqueles que se envolveram com aquela experiência.
Mas existem relatos de algumas reações físicas logo após a constelação, como alergia, gripe, dores no corpo, cansaço e muito sono. Isto ocorre porque houve intensa movimentação de energia para ampliar a consciência do cliente e de seu sistema, sendo necessário um tempo para acomodar essa nova perspectiva. Ainda que pareça dolorida, em um primeiro momento, essa energia renovada e revigorada irá fortalecer novas atitudes perante a vida.
Portanto, nunca se deve tomar decisões após uma constelação. É sempre recomendável deixar a energia fluir, assumir suas próprias responsabilidades e ir em direção ao futuro que se descortina promissor, saudável, feliz e harmônico para a vida.
Vale lembrar que a constelação nunca é realizada para modificar terceiros senão a si mesmo ou
a si em relação a situações desarmônicas. Esta, aliás, é a chave de todo o mistério: a constelação
é um caminho de autoconhecimento, uma jornada para dentro, e para a qual exige-se coragem.
É preciso muita coragem para mudar a si e os padrões limitantes que causam sofrimento.
Se você estiver pronto para dar esse passo, venha constelar!
