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Triângulo dramático

Nesse modelo de relação, todos manipulam, sofrem e ninguém pode ser feliz


Que nunca assistiu a um dramalhão mexicano na tv aberta? Muito choro, muito sofrimento, muitas situações que, quando poderiam ser resolvidas, complicam-se por atitudes incoerentes com o mundo adulto. Estas são algumas das marcas dessas produções e de muitos romances veiculados por aí.


Embora, nas artes, caracterize algumas das mais grandiosas obras da literatura, do teatro e do cinema, na Psicologia, o drama pode ser um impedimento ao desenvolvimento emocional saudável.


O drama se forma em situações em que o conflito se torna a base da relação - seja amorosa, familiar ou profissional. Nesse contexto, nenhum dos envolvidos consegue resolver o problema, pois o que apresenta a solução coloca-se no papel de "o grande sábio", o responsável pelo grupo ou casal e desconsidera os demais envolvidos. Entretanto, há aquele outro que sempre vê problema na solução apresentada, critica tudo e todos, mas é incapaz de apresentar uma alternativa. Há também o indivíduo que se sente incapaz de agir, porque está sempre em sofrimento, é enganado e todos os acontecimentos ruins à sua volta ocorrem porque os outros são maus para ele.


Com certeza, você já presenciou ou experimentou situações semelhantes. Chamdo de triângulo dramático, esse modelo de análise identifica relações humanas doentias em que duas ou mais pessoas (grupo familiar ou de trabalho por exemplo) atuam no papel de vítima, perseguidor ou salvador.


Os papéis não são fixos, mas, mesmo havendo essa troca, todas as pessoas envolvidas são manipuladoras e agem de modo a impedir a felicidade dos outros membros e a boicotar a sua própria, seja essa ação consciente ou não.


Tal como aquela célebre frase do filósofo existencialista Jean-Paul Sartre – "O inferno são outros" -, o triângulo dramático dura enquanto os envolvidos criticam-se mutuamente e veem uns nos outros a causa de seus problemas. Só deixarão essa formação se conseguirem olhar para si mesmos.


O médico, constelador e coach sistêmico Dr. Fernando Freitas, criador da Consciência Sistêmica, ressalta a importância de sair do triângulo dramático e passar ao triângulo da realização, no qual o indivíduo rompe com os papeis doentios e busca verdadeiramente as soluções necessárias para a sua vida fluir.


Nesse novo modelo, os papeis são substituídos pelo criativo – criança interna, buscando novas possibilidades, ideias e soluções -, potente – adulto com habilidades de viabilizar as soluções – e pela sabedoria – reúne criatividade, potência e materializa o que precisa ser feito.


Triângulo dramático e triângulo da realização são temas do Grupo de Estudos e Práticas Terapêuticas de Consciência Sistêmica, cujos encontros ocorrem às quartas, das 19h30 às 21h30, e dos Workshops de Constelações Familiares.


Venha conhecer e participar. Uma vida mais feliz e saudável está à sua espera!