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A visão sistêmica na terapia

Como tudo no universo está conectado, também o estão os seres humanos e seus familiares


No início de seu livro “A teia da vida”, o físico e ambientalista Fritjof Capra recorre a uma citação feita pelo índio Chefe Seattle para iniciar sua fala sobre a visão sistêmica do mundo: “isto sabemos, todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família”.


Capra comprova que o planeta Terra é uma rede, “uma cadeia viva de eventos que vão se relacionando e se modificando mutuamente”. Segundo ele, a palavra sistema origina-se do grego e significa “colocar junto”, em outras palavras, colocar as coisas em um contexto e estabelecer a natureza de suas relações.


Ao desenvolver a abordagem da consciência sistêmica, o médico e psicoterapeuta Fernando Freitas compreendeu, a partir desse conceito e de muitos estudos feitos ao longo de 40 anos de profissão, que, como ele próprio define, “o ser humano, a família e as organizações fazem parte de algo muito maior que é a Natureza. Ela tem princípios e leis que precisam ser respeitados e seguidos”.


Tratam-se das Leis Sistêmicas, descritas por Bert Hellinger ao desenvolver a Constelação Familiar, quais sejam: a Lei da Ordem, do Equilíbrio e do Pertencimento (abordamos esse tema nesse post: http://terapiaholisticasantarita.com.br/blog-as-tres-leis-universais-do-amor.php).


Esses princípios devem ser respeitados, pois coexistem simultaneamente e não dependem da vontade humana para o seu bom funcionamento, isto é, como se tratam de leis naturais, acontecem ainda que não haja consentimento das pessoas para isso. Mas infringi-las significa viver uma vida de angústia, tristeza, decepções, doenças e de falta de propósito.


Para Freitas, “este é o maior segredo que as pessoas infelizmente desconhecem e que definem o destino em direção à dor e ao prazer”. O acréscimo do médico e psicoterapeuta ao trabalho de Hellinger foi adicionar uma nova lei: a do Tempo e Espaço.


Por essa nova concepção, entende-se que os indivíduos vivem em múltiplos campos de informações, os quais podem ser acessados em qualquer tempo e espaço. Logo, ao abrir o campo de informações do sistema familiar de uma pessoa, durante uma constelação, pode-se acessar dados muito além das memórias do constelado. Pode-se acessar os comportamentos e os sentimentos doentios dos quais o constelado não tem consciência sobre si mesmo, sobre seus pais e seus ancestrais.


Com esses elementos, entre muitos outros, temos ferramentas para tratar os pacientes com um diagnóstico mais eficiente e preciso.


A Consciência Sistêmica nos traz essa abordagem integrativa, porém, trata mais especificamente do campo em que ocorrem as relações humanas, olhando para o indivíduo dentro do sistema mais significativo para sua formação como adulto autônomo e saudável: o sistema familiar.


Essa perspectiva é base para o nosso grupo de estudos e práticas terapêuticas de Consciência Sistêmica, cujos encontros ocorrem às quartas, das 19h30 às 21h30, e para os Workshops de Constelações Familiares, realizados mensalmente, aos sábados, das 13h às 20h30.


Venha conhecer e participar. Uma vida mais feliz e saudável está à sua espera!